
Olá companheiros, neste blog colocaremos todas as novidades para a "Codirc dos Pampas", fotos, programação, inscrições, etc.
Para entendermos um pouco, abaixo há um breve resumo da História do Rio Grande do Sul!
O território que hoje constitui o Rio Grande do Sul já constava nos mapas portugueses, sob o nome de Capitania d'El-Rei, desde o século XVI. Apesar do Tratado de Tordesilhas, que definia o fim das terras sob domínio de Portugal na altura de Laguna, A coroa portuguesa ansiava por estender seus domínios até a foz do Rio da Prata, pois acreditava-se – erroneamente – que beirando este rio, existiam muitas jazidas de prata, e o rio seria uma boa forma de transportar os minérios.
Acreditava-se na existência de jazidas de prata graças a uma tribo de indígenas que utilizavam-se de jóias feitas a partir deste minério, encontrados por alguns batedores portugueses em uma missão de mapeamento do rio. Contudo, a prata era oriunda de um ataque feito pelos índios a uma missão jesuíta espanhola, o que foi descoberto somente anos depois.
No dia 17 de Julho de 1674, através da Carta Régia, Portugal delimitou duas capitanias no sul, que em conjunto se estendiam de Laguna até o Rio da Prata, que foram doadas ao Visconde de Asseca e a João Correia de Sá.
Dois anos depois, no dia 22 de Novembro, a bula papal Romani Pontificis Pastoralis Solicitudo veio fortalecer as pretensões portuguesas, pois ao criar o bispado do Rio de Janeiro, estabelecia como seus limites desde a costa e sertão da Capitania do Espírito Santo até o Rio da Prata. A partir disso, a coroa portuguesa passou a cogitar seriamente a ocupação das terras do sul, que até então seriam legalmente espanholas.
No ano seguinte, começaram as expedições militares portuguesas pelo litoral sul. A Espanha esboçou uma reação, mas por estar enfraquecida pelas guerras travadas com a França, aceitou em 1681 assinar o Tratado Provisional, que delimitava novas fronteiras na região, reconhecendo a soberania portuguesa sobre a margem esquerda do Rio da Prata, e assim tornando uma única capitania as duas primeiramente delimitadas por Portugal, chamada Capitania do Rio Grande de São Pedro. Muitas foram as disputas territoriais entre as coroas ibéricas, principalmente pelo eminente potencial da região para a agricultura e pecuária.
Os conflitos pela posse dessas terras só teve fim no ano de 1801, quando a região de Sete Povos das Missões (uma colônia de jesuítas espanhóis) foi dominada pelos portugueses. Em 19 de Setembro de 1807, a Capitania foi elevada a Capitania Geral, ganhando independência administrativa, e sendo renomeada para Capitania do Rio Grande do Sul. Depois de vários conflitos, dentre eles a famosa Revolução Farroupilha, o governo local passou a cuidar do povoamento e desenvolvimento da região, buscando também sedimentar as fronteiras. Grupos de imigrantes alemães e italianos começaram a chegar em meados do século XIX, contribuindo de forma decisiva para o futuro progresso da região.
Guerras:
O estado esteve, de forma praticamente contínua, envolvido em guerras por mais de um século. Primeiramente contra a Espanha, depois contra os vizinhos Argentina, Uruguai e Paraguai, ao mesmo tempo em que se desenvolviam várias revoltas internas.
Começada na Guerra Guaranítica, a lutas pela posse das terras, entre portugueses e espanhóis, teve fim em 1801, quando conquistado os Sete Povos das Missões. Depois houve a Guerra contra Artigas (1816-1820), quando a República Oriental foi conquistada. Seguida da Guerra Cisplatina (1825–1828) quando o Uruguai obteve sua independência.
A primeira revolta federalista foi a Guerra dos Farrapos (1835-1845). Logo seguida de outro conflito com os vizinhos argentinos e uruguaios, na Guerra contra Oribe e Rosas (1851-1852), depois a Guerra contra Aguirre (1864), desembocando na Guerra do Paraguai (1864-1870).
Depois da estabilização internacional, houve ainda um conflito religioso, a Revolta dos Muckers e após quase duas décadas de paz, as disputas políticas locais novamente se acirraram, no início da República, com a Revolução Federalista, contra Júlio Prates de Castilhos (1893-1895) e a Revolução de 1923, contra Borges de Medeiros. Somente no governo de Getúlio Vargas (1928) o estado foi pacificado.
O Gaúcho:
Gaúcho é o nome dado aos nascidos no Rio Grande do Sul, ao tipo característico da campanha, ao homem que vive no campo, na região dos pampas. Até a metade do século XIX, o termo gaúcho era usado de forma pejorativa, sendo dirigido aos aventureiros, ladrões de gado e malfeitores que viviam nos campos.
Resultado da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, o gaúcho, por viver no campo cuidando do gado, adquiriu habilidades de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira, aspectos que perfazem a tradição gaúcha. Sem patrão e sem lei, o gaúcho foi, inicialmente, nômade. Com o passar dos tempos, a partir do estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, foram alterados os seus costumes, tanto no trajar quanto na alimentação. Mais tarde, já integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias.
Atuando como instrumento de fixação portuguesa no Brasil Meridional, o gaúcho contribuiu para a defesa das fronteiras com as Regiões Platinas, participando ativamente da vida política do país. A partir disso, o reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fizeram com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Após a Revolução Farroupilha, o gaúcho passou a ser considerado sinônimo de homem digno, bravo, destemido e patriota.
O gaúcho é definido pela literatura como um indivíduo altivo, irreverente e guerreiro. Às suas raízes, somaram-se as culturas negra, alemã e italiana, e de tantos outros povos que vieram construir, no Rio Grande do Sul, uma vida melhor.
O povo gaúcho valoriza muito sua história e costuma exaltar a coragem e a bravura de seus antepassados, expressando, por meio de suas tradições, seu apego à terra e seu amor à liberdade.
Para entendermos um pouco, abaixo há um breve resumo da História do Rio Grande do Sul!
O território que hoje constitui o Rio Grande do Sul já constava nos mapas portugueses, sob o nome de Capitania d'El-Rei, desde o século XVI. Apesar do Tratado de Tordesilhas, que definia o fim das terras sob domínio de Portugal na altura de Laguna, A coroa portuguesa ansiava por estender seus domínios até a foz do Rio da Prata, pois acreditava-se – erroneamente – que beirando este rio, existiam muitas jazidas de prata, e o rio seria uma boa forma de transportar os minérios.
Acreditava-se na existência de jazidas de prata graças a uma tribo de indígenas que utilizavam-se de jóias feitas a partir deste minério, encontrados por alguns batedores portugueses em uma missão de mapeamento do rio. Contudo, a prata era oriunda de um ataque feito pelos índios a uma missão jesuíta espanhola, o que foi descoberto somente anos depois.
No dia 17 de Julho de 1674, através da Carta Régia, Portugal delimitou duas capitanias no sul, que em conjunto se estendiam de Laguna até o Rio da Prata, que foram doadas ao Visconde de Asseca e a João Correia de Sá.
Dois anos depois, no dia 22 de Novembro, a bula papal Romani Pontificis Pastoralis Solicitudo veio fortalecer as pretensões portuguesas, pois ao criar o bispado do Rio de Janeiro, estabelecia como seus limites desde a costa e sertão da Capitania do Espírito Santo até o Rio da Prata. A partir disso, a coroa portuguesa passou a cogitar seriamente a ocupação das terras do sul, que até então seriam legalmente espanholas.
No ano seguinte, começaram as expedições militares portuguesas pelo litoral sul. A Espanha esboçou uma reação, mas por estar enfraquecida pelas guerras travadas com a França, aceitou em 1681 assinar o Tratado Provisional, que delimitava novas fronteiras na região, reconhecendo a soberania portuguesa sobre a margem esquerda do Rio da Prata, e assim tornando uma única capitania as duas primeiramente delimitadas por Portugal, chamada Capitania do Rio Grande de São Pedro. Muitas foram as disputas territoriais entre as coroas ibéricas, principalmente pelo eminente potencial da região para a agricultura e pecuária.
Os conflitos pela posse dessas terras só teve fim no ano de 1801, quando a região de Sete Povos das Missões (uma colônia de jesuítas espanhóis) foi dominada pelos portugueses. Em 19 de Setembro de 1807, a Capitania foi elevada a Capitania Geral, ganhando independência administrativa, e sendo renomeada para Capitania do Rio Grande do Sul. Depois de vários conflitos, dentre eles a famosa Revolução Farroupilha, o governo local passou a cuidar do povoamento e desenvolvimento da região, buscando também sedimentar as fronteiras. Grupos de imigrantes alemães e italianos começaram a chegar em meados do século XIX, contribuindo de forma decisiva para o futuro progresso da região.
Guerras:
O estado esteve, de forma praticamente contínua, envolvido em guerras por mais de um século. Primeiramente contra a Espanha, depois contra os vizinhos Argentina, Uruguai e Paraguai, ao mesmo tempo em que se desenvolviam várias revoltas internas.
Começada na Guerra Guaranítica, a lutas pela posse das terras, entre portugueses e espanhóis, teve fim em 1801, quando conquistado os Sete Povos das Missões. Depois houve a Guerra contra Artigas (1816-1820), quando a República Oriental foi conquistada. Seguida da Guerra Cisplatina (1825–1828) quando o Uruguai obteve sua independência.
A primeira revolta federalista foi a Guerra dos Farrapos (1835-1845). Logo seguida de outro conflito com os vizinhos argentinos e uruguaios, na Guerra contra Oribe e Rosas (1851-1852), depois a Guerra contra Aguirre (1864), desembocando na Guerra do Paraguai (1864-1870).
Depois da estabilização internacional, houve ainda um conflito religioso, a Revolta dos Muckers e após quase duas décadas de paz, as disputas políticas locais novamente se acirraram, no início da República, com a Revolução Federalista, contra Júlio Prates de Castilhos (1893-1895) e a Revolução de 1923, contra Borges de Medeiros. Somente no governo de Getúlio Vargas (1928) o estado foi pacificado.
O Gaúcho:
Gaúcho é o nome dado aos nascidos no Rio Grande do Sul, ao tipo característico da campanha, ao homem que vive no campo, na região dos pampas. Até a metade do século XIX, o termo gaúcho era usado de forma pejorativa, sendo dirigido aos aventureiros, ladrões de gado e malfeitores que viviam nos campos.
Resultado da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, o gaúcho, por viver no campo cuidando do gado, adquiriu habilidades de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira, aspectos que perfazem a tradição gaúcha. Sem patrão e sem lei, o gaúcho foi, inicialmente, nômade. Com o passar dos tempos, a partir do estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, foram alterados os seus costumes, tanto no trajar quanto na alimentação. Mais tarde, já integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias.
Atuando como instrumento de fixação portuguesa no Brasil Meridional, o gaúcho contribuiu para a defesa das fronteiras com as Regiões Platinas, participando ativamente da vida política do país. A partir disso, o reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fizeram com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Após a Revolução Farroupilha, o gaúcho passou a ser considerado sinônimo de homem digno, bravo, destemido e patriota.
O gaúcho é definido pela literatura como um indivíduo altivo, irreverente e guerreiro. Às suas raízes, somaram-se as culturas negra, alemã e italiana, e de tantos outros povos que vieram construir, no Rio Grande do Sul, uma vida melhor.
O povo gaúcho valoriza muito sua história e costuma exaltar a coragem e a bravura de seus antepassados, expressando, por meio de suas tradições, seu apego à terra e seu amor à liberdade.
"Quem quiser saber quem sou
Olha para o céu azul
E grita junto comigo
Viva o Rio Grande do Sul
O lenço me identifica
Qual a minha procedência
Na província de São Pedro
Padroeiro da querência
Oh! meu Rio Grande
De encantos mil
Disposto a tudo
Pelo Brasil
Querência amada dos parreirais
Da uva vem o vinho
Do povo vem o carinho
Bondade nunca é demais
Berço de Flores da Cunha
E de Borges de Medeiros
Terra de Getúlio Vargas
Presidente brasileiro
Eu sou da mesma vertente
Que Deus saúde me mande
Que eu possa ver muitos anos
O céu azul do Rio Grande
Te quero tanto
Torrão gaúcho
Morrer por ti me dou o luxo
Querência amada
Planície e serra
Dos braços que me puxa
Da linda mulher gaúcha
Beleza da minha terra
Meu coração é pequeno
Porque Deus me fez assim
O Rio Grande é bem maior
Mas cabe dentro de mim
Sou da geração mais nova
Poeta bem macho e guapo
Nas minhas veias escorre
O sangue herói de farrapo
Deus é gaúcho
Da espora e mango
Foi maragato ou foi chimango
Querência amada
Meu céu de anil
Este Rio Grande gigante
Mais uma estrela brilhante
Na bandeira do Brasil!"
Até...
Gisele Dal Molin Cristo
Pres. Av. Serv. Internacionais 08/09
Nenhum comentário:
Postar um comentário